17 de Setembro de 2010
Cedo erguer, como é hábito.
Algo cá dentro grita "tenho de sair deste inferno".
Onde vamos? MUXIMA...
Por entre a confusão dos banhos, da roupa, das gasosas e das sandes, do gelo e do combustível, lá me consigo finalmente sentar calmamente á mesa da Nice - Uma meia de leite uma sandes e um café, que vou para longe!
11 horas... já a caminho!!
Rumo a Benfica, que Cabo Ledo fica longe... algo me atraiçoa o espirito... naaaa... volta de cavalo para Talatona e ruma a Catete... autoestrada... só o nome.
Sem parar até à Cabala, onde estaco num kwanza grandioso... compra-se ginguba, bebe-se uma gasosa prepara-se a máquina para uns clicks e o corpo para a picada.
Picada má!!!! Mas lá chego!! MUXIMA.
Nas bordas do Kwanza levanta-se um casario lúgubre, de onde se destaca a Igreja matriz da Muxima, encimada por um ??forte?? que se encontra fechado.
À entrada multidão, maioria mulherio, oram em conjunto, ajoelham... um rapaz de megafone cita a ladainha... andando por estágios até se aglomerarem na igreja.
Surpresa... não fossem os hábitos diferentes, a devoção fervorosa, os panos garridos... diria eu que estaria em qualquer igreja de Portugal.
Cumpri o que me levou lá... em paz orei longamente, pedi mais sorte, já que ambiciono a felicidade.
Sentado no parapeito, lá em baixo corre o kwanza.
Debato-me a olhar para as mulheres que passam, de panos á cintura a tapara as pernas... que de outra forma era desrespeito pela senhora.